São muitos os fatores que fazem um atendimento odontológico para idosos necessitar de atenção especial: mobilidade, sensibilidade, tensão e, principalmente, as doenças que costumam surgir nessa fase da vida – hipertensão, diabetes, câncer, etc.
Por isso, a anamnese precisa ser completa e investigativa. Segundo o Dr. Fernando Montenegro, professor e odontogeriatra co-autor de dois livros sobre o tema, a primeira consulta com um idoso idealmente não deve ter nenhuma ação clínica mais incisiva, pois é necessário conhecer profundamente a pessoa que está ali sentada para não correr riscos desnecessários. É fundamental entender o estado atual de saúde do paciente, e isso vai bem além de saber quais doenças crônicas ele desenvolveu, é importante:
- Perguntar sobre a relação de remédios ingerida diariamente;
- Entender quando foi a última vez que aquela pessoa teve um diagnóstico de saúde, ou seja, se o que ela está dizendo ainda condiz com a realidade;
- Pedir o contato dos médicos que ela frequenta;
- Fazer perguntas para o acompanhante também, se possível.
“Muitas pessoas têm vergonha de falar sobre sua condição de saúde e também acham que um diagnóstico de cinco anos atrás sem controles clínicos ainda é válido na atualidade. Diante desse cenário, é fundamental investigar antes de seguir com o procedimento”, conta o Dr. Montenegro.
Tudo sem pressa, o paciente deve se sentir seguro e acolhido, e você ter a certeza de que o atendimento não vai trazer nenhum problema para nem para ele e nem para o seu consultório.