Existe diferença entre Harmonização Facial ou Orofacial e Estética Orofacial?
Qual o papel do cirurgião-dentista que atua nesta área com relação ao impacto para com o paciente e seu bem estar?
Estas são apenas algumas questões que podem ser levantadas com relação à mais recente especialidade odontológica, aprovada em 2019, pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO): a Harmonização Orofacial ou HOF.
É importante entender que essa especialidade é um conjunto de procedimentos responsável pela harmonia e o restabelecimento das funções orais, tanto mastigatória como respiratória, com foco na boca (dentes e gengiva), integrada a estética do rosto (lábios, funções musculares faciais, pele e marcas de expressão facial), para devolver o equilíbrio entre a relação estética e funcional do rosto e sorriso do paciente, deixando mais simétrico e uniforme.
Já a Harmonização Facial é uma técnica não cirúrgica, normalmente feita através de preenchimento facial ou da aplicação de substâncias, que tem por objetivo promover o alinhamento e correções de ângulos da face que trazem mais harmonia para determinado tipo de rosto, ou apenas realçar características já existentes, amenizar rugas, marcas de expressão, dar volume a diferentes áreas do rosto e até mesmo eliminar alguns sinais do envelhecimento, rejuvenescendo e revitalizando a pele.
Principais mudanças, você está preparado?
O rosto fica mais equilibrado, harmônico e simétrico.
A autoestima pode melhorar, impactando na melhoria da qualidade de vida pessoal e social, principalmente porque é o primeiro passo de você fazendo o seu autocuidado, olhando e cuidando de si mesmo.
Mantém a pele do rosto cuidada e retarda sinais de envelhecimento facial, que além de melhorar a autoestima, promove o bem-estar físico e mental.
É um tratamento considerado não cirúrgico, minimamente invasivo e com rápida recuperação se comparado a outros procedimentos, portanto, mais tranquilo também.
Sendo uma técnica mais abrangente, observando a face e cavidade oral, consequentemente, requer o envolvimento multiprofissional, onde o trabalho em conjunto permite que seja feito o melhor trabalho possível para harmonizar a face do paciente.
É importante lembrar que a beleza é física, mental e emocional, sendo que o autocuidado desempenha um papel fundamental na autoestima e autoaceitação, impactando diretamente na saúde e equilíbrio mental.
Profa. Dra. Rosely Cordon
(Consultora científica Campanha Sorrir Muda Tudo)
Em 2019, foi aprovado pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) a prática por cirurgiões-dentistas em procedimentos cirúrgicos de harmonização orofacial. Desde então, cirurgiões-dentistas devidamente especializados nessa área podem fazer uso de toxina botulínica, preenchedores, lasers e realizar técnicas cirúrgicas para correção de lábios e bochechas.
No Brasil, essa prática teve um aumento significativo de 500% entre 2015 e 2020*, e mesmo na pandemia da Covid-19 continuou crescendo. Isso se foi motivado pelo aumento da procura da população brasileira por tratamentos estéticos, por questões de saúde ou autoestima.
O que nos leva ao questionamento: o cirurgião-dentista deve se preocupar com a saúde mental do paciente antes de realizar procedimentos estéticos?
A saúde mental do seu paciente diz respeito a você
Especialistas destacam que, na maioria das vezes, os motivos que levam uma pessoa a se submeter a um procedimento estético são autoestima e melhoria da qualidade de vida. Por isso, é válido que o cirurgião-dentista conheça as motivações de seu paciente para realizar o procedimento e, com isso, avalie se vai corresponder à expectativa dele, deixando claro quais serão os resultados.
Prepare-o para possíveis mudanças
Após o procedimento, haverá mudanças no corpo do paciente e é vital que o cirurgião-dentista, mesmo antes do procedimento, converse com o seu paciente, tire todas as dúvidas dele e o instrua para que fique tranquilo e ciente de tudo o que pode acontecer. A transparência é essencial nesse momento.
Lembre-os das coisas boas e motivações
A empatia e o acolhimento serão seus aliados. Em momentos de insegurança do seu paciente, tenha uma conversa clara e sincera com ele, lembrando das motivações que o levaram a decidir pelo procedimento, dos benefícios que o procedimento irá trazer, sejam estéticos e até na saúde do corpo. Como cirurgião-dentista, você deve transmitir um sentimento de segurança para o seu paciente. Isso ajudará com que todo processo ocorra bem.